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ELIZABETHTOWN
Difícil demais falar sobre esse filme, mas...
Quando fui vê-lo no cinema, era apenas o filme novo do Cameron Crowe (cineasta bacana, conhecido por boas trilhas sonoras e filmes legais, tipo Jerry Maguire ou Quase Famosos) e da Kirsten Dunst (a eterna paixão da minha vida). Também tinha um curioso Orlando Bloom sem armas medievais e vestimentas de época. Enfim, Elizabethtown parecia algo interessante de se assistir, afinal, mal ele não ia fazer...
Só que os efeitos pós-sessão revelaram algo muito maior que isso. Elizabethtown me fez perceber por que o cinema foi inventado. O filme resgatou para mim o sentido do ato de ir a uma sala escura com um projetor. Cameron Crowe, como bem disse minha amiga Ana Iris, é um filho da puta. Filho da puta porque "acertou a mão", fez um filme perfeito em todos os sentidos. Quimica perfeita entre ator e atriz protagonistas (Kirsten e Orlando funcionam tão bem juntos que dá vontade de perguntar quando é o casório), cenas que te fazem rir na hora certa e que te fazem chorar também na hora exata, elenco de apoio competentíssimo (incluíndo Suzan Sarandon, Judy Greer e um caricato Alec Baldwin), um roteiro que te faz sonhar, resgata sentimentos inocentes, bobinhos, te põe o sorriso no rosto - mesmo que talvez só por aqueles instantes, aquelas quase-duas-horas que o filme dura - e uma trilha sonora que, quando aliada a tudo isso, arrepia todos os cabelinhos do braço.
Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer de sapatos que causa um prejuízo de quase um bilhão de dólares à empresa que trabalha, com uma criação que não sai muito como o previsto. Ele é daqueles yuppies viciados em trabalho que abandonam o tempo com a família para se dedicar à vida profissional. Quando perde o emprego (e de quebra, a namorada), a sensação é de que perde tudo que tinha na vida.
Prestes a se suicidar de uma maneira digamos, curiosa, Drew recebe um telefonema insistente. Ao atendê-lo, sua irmã (Judy Greer) lhe fala que o pai morreu e que ele deve buscar o corpo em Elizabethtown (cidade natal do pai e onde ele estava visitando parentes). Drew então promete a si mesmo buscar o corpo do pai e voltar para cometer suicídio. Mal sabia ele que Elizabethtown mudaria sua vida.
E ela começa a mudar já no avião, quando ele conhece a aeromoça Claire Colburn (Kirsten), um tipo fantástico de mulher que eu gostaria muito de ter ao meu lado e que Kirsten interpretou com uma naturalidade assustadora. Claire é pra cima, positiva, motivadora, inteligente e mala, muito mala! Ela é o catalisador da mudança da vida de Drew para melhor. E ela é a culpada por vários dos momentos mais brilhantes do filme, como a conversa longa ao telefone que termina nos dois juntos na estrada olhando o amanhecer, as teorias do "ice cream comb" e das pessoas substitutas (teorias essas que, desde então, fazem parte da minha vida), a viagem de carro de volta para casa, em que Drew finalmente descobre o valor de seu pai (cenas que derramam lágrimas de qualquer ser vivo com um coração) e o desfecho, digno de munir qualquer sonhador com mais motivos pra sonhar.
E acredito que assim como a vida de Drew mudou após sua passagem por Elizabethtown, a minha também mudou e a sua e a de quem mais assistir também mudará. Porque é impossível passar ileso por esse filme. É impossível não sentir algo e não entender para que o cinema foi feito: emocionar.
PS: Nenhuma dessas linhas acima define EXATAMENTE o que Elizabethtown é. Não tenho tamanha capacidade.
PS2: Obrigado tia Lanja, por me dar o DVD de Elizabethtown de presente! Agora eu vou poder rever e rever e rever e saber todas as falas de cor.
Saiba mais em www.elizabethtown.com
Quando fui vê-lo no cinema, era apenas o filme novo do Cameron Crowe (cineasta bacana, conhecido por boas trilhas sonoras e filmes legais, tipo Jerry Maguire ou Quase Famosos) e da Kirsten Dunst (a eterna paixão da minha vida). Também tinha um curioso Orlando Bloom sem armas medievais e vestimentas de época. Enfim, Elizabethtown parecia algo interessante de se assistir, afinal, mal ele não ia fazer...
Só que os efeitos pós-sessão revelaram algo muito maior que isso. Elizabethtown me fez perceber por que o cinema foi inventado. O filme resgatou para mim o sentido do ato de ir a uma sala escura com um projetor. Cameron Crowe, como bem disse minha amiga Ana Iris, é um filho da puta. Filho da puta porque "acertou a mão", fez um filme perfeito em todos os sentidos. Quimica perfeita entre ator e atriz protagonistas (Kirsten e Orlando funcionam tão bem juntos que dá vontade de perguntar quando é o casório), cenas que te fazem rir na hora certa e que te fazem chorar também na hora exata, elenco de apoio competentíssimo (incluíndo Suzan Sarandon, Judy Greer e um caricato Alec Baldwin), um roteiro que te faz sonhar, resgata sentimentos inocentes, bobinhos, te põe o sorriso no rosto - mesmo que talvez só por aqueles instantes, aquelas quase-duas-horas que o filme dura - e uma trilha sonora que, quando aliada a tudo isso, arrepia todos os cabelinhos do braço.
Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer de sapatos que causa um prejuízo de quase um bilhão de dólares à empresa que trabalha, com uma criação que não sai muito como o previsto. Ele é daqueles yuppies viciados em trabalho que abandonam o tempo com a família para se dedicar à vida profissional. Quando perde o emprego (e de quebra, a namorada), a sensação é de que perde tudo que tinha na vida.
Prestes a se suicidar de uma maneira digamos, curiosa, Drew recebe um telefonema insistente. Ao atendê-lo, sua irmã (Judy Greer) lhe fala que o pai morreu e que ele deve buscar o corpo em Elizabethtown (cidade natal do pai e onde ele estava visitando parentes). Drew então promete a si mesmo buscar o corpo do pai e voltar para cometer suicídio. Mal sabia ele que Elizabethtown mudaria sua vida.
E ela começa a mudar já no avião, quando ele conhece a aeromoça Claire Colburn (Kirsten), um tipo fantástico de mulher que eu gostaria muito de ter ao meu lado e que Kirsten interpretou com uma naturalidade assustadora. Claire é pra cima, positiva, motivadora, inteligente e mala, muito mala! Ela é o catalisador da mudança da vida de Drew para melhor. E ela é a culpada por vários dos momentos mais brilhantes do filme, como a conversa longa ao telefone que termina nos dois juntos na estrada olhando o amanhecer, as teorias do "ice cream comb" e das pessoas substitutas (teorias essas que, desde então, fazem parte da minha vida), a viagem de carro de volta para casa, em que Drew finalmente descobre o valor de seu pai (cenas que derramam lágrimas de qualquer ser vivo com um coração) e o desfecho, digno de munir qualquer sonhador com mais motivos pra sonhar.
E acredito que assim como a vida de Drew mudou após sua passagem por Elizabethtown, a minha também mudou e a sua e a de quem mais assistir também mudará. Porque é impossível passar ileso por esse filme. É impossível não sentir algo e não entender para que o cinema foi feito: emocionar.
PS: Nenhuma dessas linhas acima define EXATAMENTE o que Elizabethtown é. Não tenho tamanha capacidade.
PS2: Obrigado tia Lanja, por me dar o DVD de Elizabethtown de presente! Agora eu vou poder rever e rever e rever e saber todas as falas de cor.
Saiba mais em www.elizabethtown.com