Tuesday, April 18, 2006

a heck of a post to find yourself

ELIZABETHTOWN

Difícil demais falar sobre esse filme, mas...

Quando fui vê-lo no cinema, era apenas o filme novo do Cameron Crowe (cineasta bacana, conhecido por boas trilhas sonoras e filmes legais, tipo Jerry Maguire ou Quase Famosos) e da Kirsten Dunst (a eterna paixão da minha vida). Também tinha um curioso Orlando Bloom sem armas medievais e vestimentas de época. Enfim, Elizabethtown parecia algo interessante de se assistir, afinal, mal ele não ia fazer...
Só que os efeitos pós-sessão revelaram algo muito maior que isso. Elizabethtown me fez perceber por que o cinema foi inventado. O filme resgatou para mim o sentido do ato de ir a uma sala escura com um projetor. Cameron Crowe, como bem disse minha amiga Ana Iris, é um filho da puta. Filho da puta porque "acertou a mão", fez um filme perfeito em todos os sentidos. Quimica perfeita entre ator e atriz protagonistas (Kirsten e Orlando funcionam tão bem juntos que dá vontade de perguntar quando é o casório), cenas que te fazem rir na hora certa e que te fazem chorar também na hora exata, elenco de apoio competentíssimo (incluíndo Suzan Sarandon, Judy Greer e um caricato Alec Baldwin), um roteiro que te faz sonhar, resgata sentimentos inocentes, bobinhos, te põe o sorriso no rosto - mesmo que talvez só por aqueles instantes, aquelas quase-duas-horas que o filme dura - e uma trilha sonora que, quando aliada a tudo isso, arrepia todos os cabelinhos do braço.
Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer de sapatos que causa um prejuízo de quase um bilhão de dólares à empresa que trabalha, com uma criação que não sai muito como o previsto. Ele é daqueles yuppies viciados em trabalho que abandonam o tempo com a família para se dedicar à vida profissional. Quando perde o emprego (e de quebra, a namorada), a sensação é de que perde tudo que tinha na vida.
Prestes a se suicidar de uma maneira digamos, curiosa, Drew recebe um telefonema insistente. Ao atendê-lo, sua irmã (Judy Greer) lhe fala que o pai morreu e que ele deve buscar o corpo em Elizabethtown (cidade natal do pai e onde ele estava visitando parentes). Drew então promete a si mesmo buscar o corpo do pai e voltar para cometer suicídio. Mal sabia ele que Elizabethtown mudaria sua vida.
E ela começa a mudar já no avião, quando ele conhece a aeromoça Claire Colburn (Kirsten), um tipo fantástico de mulher que eu gostaria muito de ter ao meu lado e que Kirsten interpretou com uma naturalidade assustadora. Claire é pra cima, positiva, motivadora, inteligente e mala, muito mala! Ela é o catalisador da mudança da vida de Drew para melhor. E ela é a culpada por vários dos momentos mais brilhantes do filme, como a conversa longa ao telefone que termina nos dois juntos na estrada olhando o amanhecer, as teorias do "ice cream comb" e das pessoas substitutas (teorias essas que, desde então, fazem parte da minha vida), a viagem de carro de volta para casa, em que Drew finalmente descobre o valor de seu pai (cenas que derramam lágrimas de qualquer ser vivo com um coração) e o desfecho, digno de munir qualquer sonhador com mais motivos pra sonhar.
E acredito que assim como a vida de Drew mudou após sua passagem por Elizabethtown, a minha também mudou e a sua e a de quem mais assistir também mudará. Porque é impossível passar ileso por esse filme. É impossível não sentir algo e não entender para que o cinema foi feito: emocionar.

PS: Nenhuma dessas linhas acima define EXATAMENTE o que Elizabethtown é. Não tenho tamanha capacidade.

PS2: Obrigado tia Lanja, por me dar o DVD de Elizabethtown de presente! Agora eu vou poder rever e rever e rever e saber todas as falas de cor.

Saiba mais em www.elizabethtown.com

Thursday, April 06, 2006

pra parar de ouvir as mesmas coisas #5

30 SECONDS TO MARS

Eu ando ouvindo ultimamente esta banda que descobri do nada, com um link de download num blog por aí. Achei a banda tão boa que baixei os dois álbuns. É uma espécie de rock/new metal mezzo futurista, mezzo prog, mezzo pop com letras excelentes, que exploram universos inventados, versam sentimentos e ironizam ícones religiosos.
Mas a maior de minhas surpresas quanto a essa banda, que tem o criativo nome 30 Seconds To Mars, foi descobrir que seu frontman é um ator de Hollywood. Eu já admirava o trabalho de Jared Leto em filmes indiscutivelmente fantásticos, como Fight Club (um dos meus filmes favoritos), Requiem For A Dream e Panic Room, e até no seriadinho que ele fazia com a Claire Danes nos anos 90, Minha Vida de Cão, onde, inclusive, o rapaz tocava e cantava em uma banda.
Foi então que fui buscar na internet uma foto do 30 Seconds To Mars, pra conhecer a cara das pessoas que fazem canções tão legais, e lá está Jared Leto, posando para a foto! Daí até descobrir que a guitarra e a voz afinada e visceral das canções eram dele, foi um pulo.
Mas talvez o mais impressionante não seja o fato de que é a banda de um ator hollywoodiano. O mais impressionante é que a banda é boa, independente de ter alguém já famoso nela. Mesmo quando eu não tinha consciência de quem estava nela, 30 Seconds To Mars já tinha prendido minha atenção. Jared Leto fazer parte dela, porém, só me faz respeitá-lo mais.

Pra ouví-los: www.thirtysecondstomars.com