Friday, October 27, 2006

suicide note(?)

"Eu vou pular da Janela", disse ela.

"Pula, não vou te impedir. Vai e faz. Quero ver se tu és forte o suficiente pra sustentar teus absurdos", retrucou.

Foi então que todas as tentativas de suicídio ou maneiras desesperadas e infantis de chamar a atenção pularam pela janela.

O irônico, porém, é que eles nunca mais se viram desde que ela desceu do parapeito e caminhou pela sala em direção à porta da rua.


Deixou-lhe em paz de vez.

Friday, October 20, 2006

posts mais do que perfeitos #2

KIRSTEN DUNST

Kiki, musa absoluta, sonho de consumo, amor da minha vida e todos os outros adjetivos, referentes, enfim...

posts mais do que perfeitos #1

KIRSTEN DUNST

Kiki, musa absoluta, sonho de consumo, amor da minha vida e todos os outros adjetivos, referentes, enfim...

Friday, October 13, 2006

posts sem sorte #1

Pra ver como anda minha apreciação ultimamente...

Eu (olhando uma foto em que minha amiga Josie estava no meio): Wow! A do meio é muito gata! Tá solteira?

Josie: A do meio não tem namorado, mas tá te mandando tomar na bunda!

(Conversa adaptada de posts de fotolog)



Vou ali me matar e já volto.

Wednesday, October 04, 2006

dia de chuva #1

E se todos os amigos que uma pessoa tem fossem ilusórios, de mentira?

Porque a gente se sente assim, às vezes. Meio como um fantasma.

E foi assim com ele. Saiu de casa de manhã cedo, como em todos os dias, com a cara lavada e os olhos pequenos, ainda intolerantes à luz do Sol. E sentiu-se um fantasma. Esbarrava nas pessoas, que não trocavam seu rumo para desviar dele, pois era como se ele não existisse. E após esbarrar, não esboçavam reação, deixando a entender que talvez nem tivessem esbarrado.

Será que o fantasma sente isso quando alguém passa através dele?

E ele passou o dia inteiro assim, quieto, sem ser notado. O telefone, mudo. Não ligavam nem para cobrar, pedir favor, nada. E a solidão, quando bateu, tomou o comando do dedo indicador e digitou, nas teclinhas do telefone, um, dois, três, cinco, oito números de amigos que não estavam lá. Que por uma coincidência bizarra não atendiam.

Será que as ligações feitas por um fantasma caem em alguma espécie de limbo?

E voltou pra casa cabisbaixo, chutando as pedrinhas do chão, pensando se em algum momento do dia o telefone iria tocar. Não tocou. Nem quando chegou em casa, nem duas horas depois, nem três, nem nove, nem no outro dia.

Talvez porque ele não fosse de verdade. Talvez por seus amigos não serem de verdade.

Triste era ser real e não ter amigos. Talvez por isso ele preferisse pensar que era um fantasma.
Para justificar os amigos imaginários que lotam a agenda telefônica, mas nunca ligam para ele.

Tuesday, October 03, 2006

provérbios como eles deveriam ser #1

Se a vida te der um limão, chame ela de filha da puta e pergunte cadê o Velho Barreiro pra completar a caipa.